Portal da Tribo de Estrelas - IV - Novos relatos sobre o sonho

A foto acima é do casarão em Arujá, onde fizemos o ideário prolongado de 2006. Continuávamos no caminho para a compra do sítio, onde hoje está o campus da Tribo de Estrelas, mas ainda estava longe, contudo, já falávamos da Estrela e do que queríamos com a filosofia. Sabíamos que a Consciência de grupo haveria de nos tornar inclusivos. Começáramos com os homossexuais, pois sentíamos que se tratava de um grupo incompreendido e mal acolhido nas religiões. 
Mas, para quem leu o artigo de ontem, pode parecer que nos opomos as religiões, em geral. Não, não nos opomos. Em 2006, passamos o ano inteiro reverberando a cerimônia do Lavapés e dedicamos um ano inteiro aos símbolos ciganos. Antes já havíamos tido como temas a astrologia, a numerologia, algumas vivências, em que destacamos elementos da Umbanda e do Candomblé, também adotamos São Francisco de Assis ou Kuthumi como exemplo magnífico de mestres que transitaram pela Terra e nunca deixamos de destacar Jesus como figura altíssima na História das Religiões. 
O problema de base era e é a ineficência da religiosidade diante da urgência que tínhamos para implantar a espiritualidade. É que todas as religiões carregam um histórico de achatamento mental, quanto às liberdades individuais e que, por força de lei, menos pelo fator politicamente correto, havemos de respeitar as escolhas de credos, por mais que sintamos ser a escolha religiosa, um passo meio forçado, seja pela indução dos mais velhos ascendentes, desde que nascemos, seja porque a maior parte dos religiosos chega às igrejas, templos, sinagogas, mesquitas ou outros centros holísitcos, impulsionados por motivos demasiadamente humanos e não por uma necessidade libertária de considerar na rotina, a influência ou a interação com o mundo sobrenatural.
Observando o funcionamento dos adeptos, notamos enorme preocupação com os dogmas milenares e quase nenhuma coerência com a implantação da fraternidade de fato. Então, o descompasso entre as escrituras e a realidade fraternal escancarava-se e continua escancarando-se. Talvez porque a proposta da Tribo de Estrelas seja incluir os destituídos de direitos, tanto sociais, quanto divinos, já que os homossexuais são preteridos em todas as religiões, os evangelhos, as prédicas e os pilares da instituições religiosas nos pareciam e nos parecem pouco sagrados. Têm mais a ver as posturas religiosas com a opinião conservadora, tradicionalista e, portanto, apenas humanmente falha, do que com a congruência esperada em qualquer doutrina e ou livro dito sagrado.
Assim, no ano de 2006, iniciamos a prática de uma gigantesca compaixão dos crentes de todas as religiões e desenvolvemos a adoção do perdão para pessoas de visão estreita, segundo sua fé sectária. De lá até agora, quando vemos posições não inclusivas, não amorosas e não compassivas com a totalidade humana, imediatamente nos compadecemos e perdoamos. Gente como Malafaia, Bolsonaro, Feliciano, dentre outros, que espalham tolices dogmáticas, entre adeptos e pessoas humildes ou tendentes ao comportamento não inclusivo e não fraternal, evidenciado no conservadorismo, merece misericórdia, porque são pessoas infelizes e que não imaginam o desserviço que prestam a um ambiente planetário movido pela fraternidade.
Em 2006, a Tribo de Estrelas lançava sua plataforma pacífica para lidar com os equívocos religiosos, estes que inda demorarão para se transformar. Mesmo que não tivéssemos um campus próprio, alugávamos lugares como estes da foto, muitas vezes com recursos próprios, para iniciar a ampliação de uma visão espiritual que tentasse mudar o modus operandi religioso para uma prática individual de espiritualidade que, de um lado não criasse ocorrências desagradáveis com os religiosos enganadores e enganados e, do outro lado, fortalecesse o amor diário incondicional, como método existencial irreversível.  
Confesso o quanto é difícil, principalmente com relação ao que fazem com Jesus, no Ociedente, com as cobranças indevidas do dízimo, com os milagres fajutos mostrados na tevê e com as prédicas iradas ou fantasiosas que iludem as pessoas, enfim é muita má fé no mundo da fé, enquanto a única ferramenta que possuimos para acompanhar estas inutilidades comercialmente rentáveis é a compaixão ou o perdão. Esperamos que um dia a lógica ultrapasse o engodo e a humanidade se liberte da mistificação difundida e sustentada pelos espertalhões, aproveitando-se da inocência alheia. Até lá, que o amor e a luz cristalina da mente individual e divina nos envolva!
Até amanhã...