Série: O sermão da montanha iluminada

Esta série será publicada lentamente.

 

Série: O sermão da montanha iluminada
 
Achei um libreto que pertenceu a avó Xica e que me direcionou para o ser espiritual que sou hoje:
 
"Como houvesse uma multidão que o queria ouvir, Jesus subiu a uma colina nas cercanias de Cafarnaum e pôs-se a ensinar àqueles que o seguiam dizendo:
 
Bem aventurados os humildes e despojados, porque deles é a riqueza de Deus.
Bem aventurados os que recusam a violência, porque eles herdarão o mundo.
Bem aventurados os que não desesperam na aflição, porque eles serão consolados.
 
 
É - eu entendi Jesus muito cedo e por isso me afastei de muitas igrejas, centros e templos para ouvi-lo dentro de mim, na montanha iluminada de possibilidades que sempre pressenti estar em mim e não nos lugares e doutrinas.
 
Sempre busquei minha coerência espiritual, observando se as doutrinas que quisera seguir provocavam algum tipo de violência no mundo. De uma meditação longa e dorida, imediatamente discordei do Judaísmo, do Cristianismo e do Islamismo.
 
Tornei-me bastante aflito acompanhando a história antiga e moderna do Judaísmo, com sua dificuldade imensa de buscar a paz. 
 
Afligi-me mais ainda com os horrores do Cristianismo, tanto na Idade Média, quanto em seus conflitos e escândalos sexuais e financeiros. 
 
Nunca compreendi, embora tenha perdoado os evangélicos por seus enganos, suas negociatas e sua violência contra as mentes desprotegidas. 
 
Jamais deixei de ficar perplexo e de chorar pelos lamentáveis episódios islamitas pelo mundo. 
 
Hoje ainda me atordoa o fato de chamar às pessoas mais sensatas para um novo modelo de espiritualidade e vê-las relutando inexplicavelmente, mas sem dúvida, já estou e sou bastante consolado nas minhas íntimas e sagradas convicções. 
 
Para quem se afastou de mim pensando que eu não acreditasse em Jesus, devo indagar: - de que Jesus estamos falando? Do Jesus comercializado ou do Jesus iminentemente vivo dentro de mim?