Plantão do Oráculo do Agreste

 O pessoal da Odebrecht tem o segundo paredão 
Anotem aí: a artilharia da empreiteira virá mais quente, no próximo capítulo da saga: se Dilma cair sozinha é injustiça, embora o PT também vá receber a saraivada mais tremenda, do próximo paredão. As delações vão acertar em cheio os maiores partidos e figuras exponenciais do impeachment. É pouco o que se sabe do muito que aprontaram. O que se soube atinge somente peixinhos e fisga de leve os tubarões. 
Quando se souber de tudo, vai ser difícil até para os que odeiam muito Dilma, Lula e PT, quererem apenas a queda da tríade malévola, no entender da massa majoritária da opinião pública. O clima para ilegitimar a aleição de Dilma vai recair noutras eleições para importantes cargos no cenário nacional. Mas, as delações trarão outros itens que atingem indefensavelmente o Planalto, contudo, pela similaridade, é provável que ninguém queira somente o impeachment. A ver.
Se o juiz Moro quer mesmo se tornar unanimidade nacional, terá de desvestir-se da impressão que deixou sobre os vazamentos anteriores e sobre o grampo para pegar Lula e família bocas santas e companhias. O buraco é infinitamente mais embaixo.
Dois fatores vão se modificar: a) os manifestantes pró-impeachmenth se aquietarão ou partirão para cima de todos. b) os mesmos manifestantes vão defender o indefensável, mais ou menos assim: "mexeu com Moro mexeu comigo",  "a oposição é digna e pode levar avante o impeachment", essa coisas incongruentes com a decência política, de novo aproximando o discurso daqueles que teimam em defender o governo. Não confundir com os que defendem o Estado Democrático de Direito e a Democracia. 
Escracharam o PT e seus líderes por motivos semelhantes aos apresentados por quem até então posava de digno para ocupar o cenário depois da devastação dos vermelhos. 
Seria muito bom que houvesse uma convergência entre os amarelos e os defensores da Democracia e do Estado de Direito e todos adotassem a cor laranja e fossem às ruas contra todos. 
Na pauta:
1) independência responsável da PF, afastando-se da mídia, por discrição e princípios.
2) imparcialidade infalível do judiciário, de Moro ao STF, passando por Mendes, Teori e outros, além da exigência de atitudes indubitavelmente fiscalizadoras do TSE.
3) queda da imunidade parlamentar e do foro privilegiado, em caso de crimes comuns, corrupção e tráfico de influências, para já.
4) finalmente tratamento rigoroso a todos, exatamente todos os acusadoss, com provas, de ganhos indevidos junto aos corruptores. 
Pode-se pensar em anulação das eleições de 2014, já que ninguém escapa do pente fino e seria injusto cassar alguém, por meio de agentes suspeitos de crimes idênticos. Os eleitos sem mancha nas suas campanhas teriam seus mandatos mantidos e acrescidos do tempo regulamentado pelos novos eleitos.
Então, eu acordei. 
Vale apenas como real, o fato da empreiteira em breve apertar pescoços poderosos. Falta pouco tempo para isso. 
Não demora e o PT pedirá ao Supremo a interrupção do trâmite do impeachment, por incontinência moral daqueles que têm poder de voto durante o processo. É provável que o próprio STF se antecipe ao pedido. A ver.
Quem achar alguma coisa limpa vê se garimpa.