Espiritualismo Consciente e Cidadania Plena - Artigos 1 e 2.

A Sociedade Espiritualista Tribo de Estrelas surgiu de uma ideia simples e difícil a respeito da ineficiência das religiões e dos movimentos espirituais e esotéricos para instaurarem um Estado de Bem Estar entre as pessoas, pelo fato de apenas terem algum tipo de fé.

Toda a filosofia da Tribo de Estrelas se baseia no despertar consciente das probabilidades amoráveis no ser humano, por meio do desenvolvimento racional dos padrões éticos do pensamento, do sentimento e das emoções, como regra imutável da convivência, tratando o Bem Estar Coletivo como base para o Bem Estar Individual e não o contrário, como religiões, política e regras sociais sempre implantaram e sempre fracassaram.

A série Espiritualismo Consciente e Cidadania Plena é uma contribuição da Tribo de Estrelas para quem não está conseguindo entender os fatos planetários, e principalmente no Brasil.

Antes de qualquer definição, fique claro que a Tribo de Estrelas se relaciona mais com os comportamentos humanos, no aqui e agora, do que no mundo sobrenatural, por entender que estamos no planeta para desenvolver a gama de predicados existentes interiormente para algo muito mais satisfatório do que a humanidade conseguiu até o presente.

O espiritualismo Consciente é uma proposta de vida que pressupõe envolvimento, trabalho e persistência objetivando cuidar das pessoas e do planeta antes de pensar nos deuses e nos céus ou infernos. É obvio que se pode viver na simultaneidade, os preceitos de alguma religião ou crença, mas isso não pode substituir a tarefa imediata de lutar para conseguir Bem Estar para todos. É isso que precisam compreender sobre a Tribo de Estrelas: não somos um grupo espiritualista que vive de milagres, fenômenos e crenças tradicionalistas.

Tudo é para criar novos padrões de pensamento, que substituam a forma milenar de pensar. Estes novos padrões de pensamento adquiridos nos ideários de fins de semana, discutem ideias para aprimorar e qualificar os sentimentos, voltados exclusivamente para acolher e incluir todos os seres humanos na base vivencial do Bem Estar, como princípio para se ampliar a limpidez das emoções, o que acarretará no Bem Estar permanente de cada pessoa.

Nunca se tratou, em verdade, dessa ou daquela cor política, a humanidade sempre digladiou em torno do que julgam ser o bem ou o mal, em algum contexto e nunca reformulou a pergunta: isso é bom para todos ou somente para uma parte das pessoas? Ou isso sendo bom para uma parte das pessoas prejudica outras ou não? Os preconceitos, por exemplo, nascem do fato de alguns grupos sociais entenderem que outros grupos ou algum grupo devam vivenciar os recortes de realidade, sob outra visão estabelecida e não sob aquela em que aqueles grupos ou aquele grupo apresentam como novo na comunidade. Ter um comprometimento libertário de aceitar outras visões e outros comportamentos diferentes possibilita amar antes de julgar.

Outra questão seriíssima é sobre o que se considera crime ou atuação violenta de alguns contra a comunidade ou a sociedade. Há quem defenda as mais severas punições, mas uma comunidade amorosa e inclusiva lutaria para ter um sistema prisional regenerador de verdade e tentaria dada a importância rara de uma vida, de todas as maneiras, reeducar aquele errante e criminoso para seguir no caminho do bem.

Neste sentido, o perdão voltaria a ser uma regra e não uma exceção, mas o perdão estaria no modo como se acata o erro, o crime, o desvio, gerando uma prática regenerativa eficaz e não um desejo de vingança, como ocorre em grande parte da sociedade. Para todos os lados que se espiam, a sociedade é repleta de regras, ações e reações viciosas e viciadas em vingança, e não no perdão. Tem-se de admitir que o ciclo alimenta-se e se realimenta dos seus próprios pontos e raios e os pontos e os raios instrutivos, educativos e até punitivos se produzem na maneira ineficaz que toda a sociedade movimenta, fomenta e perpetua. A partir do momento em que se produzir porgrassivamente ciclos para instruir de forma benévola, educar para o amor e não para o ódio e para regenerar em vez de apenas punir, a humanidade saberá que seu objeto de orquestração vivencial é o ritmo amoroso e não o alvoroço emotivo para se vingar.

No artigo de amanhã falaremos dos modelos políticos e como o Espiritualismo Consciente pode auxiliar na Cidadania Plena.

Espiritualismo Consciente e Cidadania Plena - Artigo 2.

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O termo espiritualismo geralmente leva as pessoas a pensarem em algo sobrenatural. Defina-se por espiritualismo, o conjunto de dons natos e inerentes a todos os seres humanos, independentemente das suas condições materiais, psicológicas e espirituais ou religiosas. O espiritualismo consciente pressupõe que não se é somente um veículo de carne, osso, sangue, nervos e músculos, transitando do útero materno para a cova, em que será devolvido à condição atômica ou aos desígnios divinos e ou demoníacos, conforme o modo como se viveu.

O termo espiritualismo tem de ser gravado pelo leitor e pelos participantes dos encontros da Tribo de Estrelas, como o reconhecimento individual, e mais tarde coletivo, de que se possuem pendores internos para serem despertados, durante o trânsito pelo planeta, que são superiores àqueles obtidos via cultura, estudos e conhecimentos em geral.

O ser humano é mais em si do que aparenta e, ao conscientizar-se e responsabilizar-se, propositalmente pelos despertamentos, ao entregar-se a si para descobrir-se em si, ampliando-se nos seus limites sem fronteiras, então, o que é humano abrange uma natureza mais alta, mais elevada, mais sublime, humanamente sublime e isso, para a Tribo de Estrelas é o começo de uma vida como espírito, antes de desaparecer fisicamente.

Toda busca religiosa tem a ver com o desejo de elevar-se também, mas o problema gravíssimo que recai sobre esta busca é que os líderes religiosos prometem milagres para a obtenção de sucesso material, financeiro, resoluções sentimentais, cura de doenças, no que se refere ao aqui e agora e, noutra frente, para o além-túmulo, a garantia de que se vai para o céu ou para algum paraíso, como escolhido das divindades. Com esse enfoque, a busca religiosa acaba reforçando a competitividade e não a cooperação, a negociação com os deuses e não a inspiração pela exemplaridade e lança para após a morte física o Bem Estar espiritual.

Franca e honestamente, as religiões deveriam trabalhar para formar seus adeptos com o lema exclusivo de experimentar Bem Estar por meio do desenvolvimento de seus dons pessoais, intrínsecos, contornando com gratidão e amor, o valor inestimável da vida, com os quais beneficiariam a si e aos demais, criando no aqui e agora, a massa crítica prática necessária para tornar irrevogáveis todos os esforços para gerar continuamente Bem Estar para todos os viventes.

Por que não é preciso religião, segundo a filosofia da Tribo de Estrelas? Porque não tem de se preocupar se há deuses, céus e infernos. A vida é uma ocorrência esplendorosa e deve raiar abundantemente em todos os espaços tempos.

Se alguém vive bem e plenamente, se aprende a ser corresponsável pelo Bem Estar de todos e o seu próprio, se ama viver e se ama amar a vida dos demais, facilitando-a com complementaridade valiosa e adequada, caso desapareça fisicamente, no mínimo, terá deixado um rastro presencial e vivencial magnífico e será infinito, nas memórias que o contataram.

Se, em contrapartida, desaparecer fisicamente e houver deuses, céus e infernos, no mínimo estará preparado para aproveitar com competência, as experiências que se lhes apresentem por outras e noutras possíveis dimensões.

A verdade inconteste é que toda pessoa, em qualquer parte do mundo, sob quaisquer circunstâncias quer tão somente estar bem. Muitas pessoas querem isso inconscientemente e se entregam a métodos religiosos, espirituais, esotéricos, filosóficos, políticos, psicológicos, dependendo do contexto em que tenha nascido ou tenha sido levado a viver, buscando nesse emaranhado de opções algo que se resume apenas em Bem Estar.

Neste quadro, surgem atravessadores diversos prometendo o que não podem entregar. O Bem Estar resulta de um conjunto de propostas conscientes, adquiridas pela adoção e desenvolvimento de ideias que, na prática, conduza o buscador a um trabalho permanente com seus despertamentos internos, por serem os estágios de despertamentos, a metodologia silenciosa do sistema cosmológico, com toda sua carga de mistérios insondáveis, a forma múltipla do ser participar da feitura de algo que nem os religiosos nem os cientistas sabem precisar onde começou, porque não para agora e quando vai acabar no futuro.

O Espiritualismo Consciente mostra que não se tem mais do que o agora e que no agora todos querem vivenciar Bem Estar, o que muitos chamam de felicidade. O Bem Estar requer conformidades internas e não externas, como foi ensinado e como a humanidade luta e estrebucha para obter. Está-se sempre achando que quando conseguir algo, de qualquer natureza visível e palpável, o Bem Estar ocorrerá, mas, as experiências milenares comprovam que isso não acontece nunca.

Por isso, é importante que todos sintam sinceramente que o Bem Estar resulta de exercícios diários, conforme, de propósito, a pessoa opta em pensar bem, sentir bem, agir e reagir bem diante de todos os recortes de realidade. Para tal, reconduzir o amor incondicional ao topo de todos os assuntos de rotina facilita o trabalho de transcender os desafios caóticos do dia-a-dia e o hábito de transcender abre campo vasto e profícuo para comandar a vida, sob o poder do espírito. Com isso, o ser se torna imprescindível ao planeta e às pessoas, em termos mundanos e um transeunte luminoso e competente, como observador cosmológico, em termos sobrenaturais e infinitos.

Amanhã, continua...