Espiritualismo Consciente e Cidadania Plena - Artigo 5

 

Se meditar a respeito verá que tudo aquilo que todos querem tem a ver com conquistas que melhorariam o futuro, o que quer dizer que, se já obtivessem no presente, este presente seria perfeito.

Em linhas gerais o que se deseja é estar bem, no aqui e agora, mas como não se tem tudo o que se deseja, o agora se desloca para um mais tarde que demora a chegar e a vida transcorre com uma constante sensação de falta ou de inconformidade.

Disso se valem os agentes aproveitadores das deficiências desejais dos humanos para manter seu poder sobre os desvalidos e incompletos de sempre.

Como a maioria das pessoas não idealiza suas metas de forma clara e passível de realização, e porque os representantes políticos não aprovam projetos que facilitem tal realização, o jogo da exploração se perpetua e o ciclo de insatisfações se realimenta continuamente.

O Espiritualismo Consciente tenta clarear as mentes visando à libertação das pessoas quanto aos oportunistas, que jogam o jogo de sempre, via política, religião e economia.

Por falar em Economia, a vilã invisível de todas as crises, em todos os tempos, é o fator que desestabiliza a realização de desejos no varejo e no atacado.

Por exemplo, as crises nas muitas nações do mundo, a miséria que atinge muita gente, a escassez de alimentos, roupas e medicamentos em algumas áreas do mundo, os cuidados médicos escassos e mal estruturados em diversos lugares, tudo deriva da gestão econômica de péssimas intenções e práticas corruptas, ocorridas em toda parte.

A Economia que o mundo inteiro cultua existe para atender invariavelmente apenas parte da população. Uns poucos que se mantêm sempre ricos e ganhando muito, alguns que pegam os primeiros sobejos dos ricos, que forma o cinturão mediano, detentor de alguns confortos, também chamada de classe média - e a barra da saia da bailarina financeira, formada pelos quase pobres, por pobres e miseráveis, que farejam, rastejam e amealham os restos dos sobejos de todos os outros.

Essa constante é invariável, independente da ideologia que esteja no centro do poder. Tanto que muitos países precisam ter alguma seguridade social, algum seguro desemprego e alguns incentivos assistenciais para que o modelo econômico de exclusão programada se sustente e permaneça em voga.

O que pouca gente sabe é que a Economia atual jamais abrangerá a mão de obra ativa do mundo. Dessa forma sempre haverá desempregos, deformações sociais, desigualdade e injustiças. Somente 4 em cada dez indivíduos ativos terão empregos plenos, sob a economia globalizada vigente.

Assim, o Espiritualismo Consciente indica que sem cidadania plena não há Bem Estar para todos e em não havendo, as incongruências governamentais persistirão e as discussões entre as pessoas se tornam nulas, pois não atacam o principal: que é fazer a sociedade funcionar para fornecer criteriosamente meios de bem estar para todos.

Não são os governos que se tem de combater e sim investir energia, atenção e mobilização para emplacar os objetivos sociais e humanos a serem praticados por qualquer governo.

Dito isso, é cada vez mais evidente que a cidadania plena se conquista com muita luta, mas não ideológica e sim pragmática.

O que todo ser humano precisa para vivenciar bem estar? Saúde, moradia, educação, segurança, trabalho, etc? Sim, então vamos lutar, vamos às ruas, vamos pressionar para que isso seja estabelecido.

Desaparecem nomes e surgem alvos claros a serem conquistados.

Um dia depois dos resultados das eleições, o governo tem de ser uma plataforma de cobranças, exigências e realizações daquilo que a população requer e quer ver realizado para a obtenção de bem estar. Como veem, o espiritualismo consciente é altamente politizado e diametralmente apartidário.

Continua amanhã...