Desculpe, Sua Santidade, Deus não chora e Jesus, muito menos.

"Papa diz que mundo está em guerra e não há justificativa"

 

Em notícia da UOL, o papa lamenta o ocorrido no mundo e diz que Deus e Jesus Choram. Mas, Sua Santidade está equivocada. 

Um Deus que seja realmente Deus, um filho de Deus que realmente tenha o poder de rendenção não reagem como humanos limitados, portanto, não choram. Apenas se mantêm no mais completo silêncio, como sempre, seja para o bem ou para o mal.

O problema é humano. Os humanos inventaram os livros, as escrituras, os mandamentos, a moral e o ódio, via agressões, violências, usurpações, mentiras e outras falsidades.

Os humanos inventaram diálogos com os deuses e, sem provas, perpetuaram estes diálogos, fazendo um caldo tradicionalista que empedrou a fé, sem instituir a fraternidade. É provável que os deuses existam, mas nunca tenham falado um décimo do que religiões propagam.

Deuses são perfeitos e não inventariam sistemas falhos que redundassem em perseguições, medos, expulsões, excomunhões, preconceitos e vigílias morais contra quem queira viver fora dos seus preceitos. Deuses não errariam tanto para depois pedir desculpas.

Todas as religiões são cruéis e se intrometem na individualidade alheia: o liame mais democrático e divino que existe dos seres com o Cosmo. Deuses não se importam com o que se faz, via livre arbítrio, senão não teriam dado irrevogavelmente este mecanismo.

Existe algo de muito mentiroso nas religiões, em todas. 

Ou se resolvem esta mentira ou jamais haverá evolução espiritual no planeta. 

Os homens são capazes de praticar o mal e somente a inteligência, a bondade, a honestidade, a ética, a confiança mútua e o desejo franco de cuidar uns dos outros nos darão paz. 

Não é a religião, não serão as seitas, as crendices, as superstições e as falácias de falastrões, canastrões, charlatães e bandidos da fé que nos devolverão o sentido digno de ser e de estar no Planeta. As religiões não mudam porque se trata de um negócio e não de um projeto para aperfeiçoar as pessoas.

Temos de criar uma modelagem vivencial que contemple as condições reais de vivermos bem e em paz uns com os outros, como ponto de partida para sermos justos e bons, dentro ou fora dos templos e lares. 

Não são de Deuses que precisamos., mas da nossa humanidade amorosa de volta. 

Desculpe, Sua Santidade, mas as religiões deveriam pedir falência e os líderes religiosos deveriam pedir desculpas pelo imenso atraso que causaram e causam a todos, não permitindo que tenhamos a bondade como método infalível de convivência, independentemente de céus, infernos, deuses e demônios, milagres e outras mentiras.

É a insistência nas mentiras padronizadas pelas religiões que gera loucos, fanáticos, cegos, equivocados e iludidos e, sobretudo, preconceituosos, moralistas e conservadores hipócritas e falsos. 

A maior das leis é a lei do amor incondicional e francamente esta não carece de repetições divinais. As religiões não sabem como incutir isso nos seus adeptos. 

Então, para que religiões? Se houver lágrimas nos deuses, decerto será por se descobrirem imperfeitos e nisso eu não quero acreditar.