Centro de Ideias Inquietantes ou um Jardim Temático Espiritualista e humanitário

  • Dedico algum tempo da minha existência a recepcionar pessoas na Sociedade Espiritualista Tribo de Estrelas, um lugar incrustado na mata atlântica de Tapiraí, em São Paulo, Brasil. O espaço poderia ser em qualquer lugar do mundo que as reações seriam idênticas. Cada pessoa que atendo se manifesta de maneira peculiar, a maioria felizmente se encanta e sai de lá com os ânimos renovados. Muitos, porém, que aqui chamarei de "eles¨estão com suas taças tão cheias e propriedades mentais, sentimentais, emocionais, sociais, religiosas e espirituais improfícuas que falam qualquer coisa e de qualquer jeito do projeto, conforme suas tendências maledicentes indicam. Este artigo visa a esclarecer a todos e a eles que a Tribo de Estrelas não vai mudar suas proposições sonhadas desde sempre.
  • O que eles significam?
  • Eles vieram com a curiosidade típica de quem bate mundo para saber da vida alheia e espalhar boatos favoráveis ou contrários de acordo com seus interesses e inclinações. Eles viram que a Tribo de Estrelas não vibra por dinheiro, não necessita de política e inspira tão somente o humanitarismo. Eles ouviram, eles sentiram o poder que não é o poder de exercer pequenos poderes sobre os demais. Eles viram que as ideias claras, justas e amorosas buliam neles onde não queriam, porque provocava deslocamentos internos irreversíveis, algo que os tornaria melhores como pessoas e espíritos. Eles viram que encontrar a Tribo de Estrelas significa transformação, verdade e compromisso com o zelo perante a espécie e com a tarefa de transformar conflitos de qualquer natureza - em paz. Eles ficaram com preguiça mental, sentimental e emocional. Eles se incomodaram e passaram a imaginar que longe, continuando na maledicência milenar e no misticismo religioso e no proselitismo comercial, a vida falsificada pareceria ilusoriamente melhor e eles se foram, fisgados pelo encanto, mas sem coragem de sustentar o encanto, porque isso é labor de vida inteira e não somente de uma sessão, encontro, culto, procissão ou missa. Eles agora nos olham com aquela vaga no olhar, com aquele oco no coração, com aquele vácuo nos sentimentos e se revelam diante de nós. Nós sabemos que eles não estão inteiros e os olhamos plenos de compaixão. É isso que nos impulsiona a permanecer firmes com o projeto desta tribo que não se dobra aos credos e procedimentos religiosos e sociais milenares. Eles não querem mudar e nós queremos que tudo mude.  Eles riem de nós, eles batem com a mão na boca, imitando índios, em alusão ao nosso nome: Tribo de Estrelas, eles falam mal, dizem que tomamos banho, nus, e que adoramos budas, que tomamos o daime, que negamos Jesus, sei lá mais o que falam. Eles propagam na cidade que não merecemos ser visitados, que somos estranhos e que somos anti evangélicos, anti católicos, anti qualquer coisa que para eles é imutável, embora nunca tenha se pautado no amor, logo o amor que é a nossa única pauta. Dessa forma é que concluí neste anos que a tribo está acertando em sua senda, que ela não precisa e jamais vai capitular às ideias cristalizadas que move as pessoas. A Tribo de Estrelas será sempre um centro de ideias inquietantes, um jardim temático espiritualista e humanitário e o amor nunca será tripudiado nos nossos campos de pensamento, sentimento, emoções, ações e reações. O amor incondicional por todos, começando por eles, os equivocados e os falsificadores do bem, será sempre nossa bandeira máxima e é por isso que vibramos na Fonte e no Grande Silêncio para que eles, principalmente eles e os demais despertem, ainda que devagar, para entenderem que a maior novidade do mundo é também a mais velha: amar, amar de forma plena e libertaria é a única crença prática que todo espírito necessita e é urgente que essa crença se sobreponha a todas as outras. É isso. O mundo está dividido entre nós e eles. Nós estamos na luta para melhorar tudo, eles lutam para manter o pior de tudo. É isso.