A prova dos nove dos Orixás

O oráculo tem respondido aleatoriamente às perguntas sobre os movimentos religiosos e quase sempre causa dúvidas porque os adeptos, conhecedores e curiosos partem do quadro já montado desconsiderando os aspectos históricos, milenares e também ocultistas.

Primeiramente vamos separar bem o seguinte: 

a) a energia acumulada por todos os rituais, cultos e cerimoniais de todas as doutrinas, seitas e religiões já formou uma egrégora particularizada que se auto alimenta, dando a impressão que é sobrenatural, mas é anímica. É um fenômeno humano, entre humanos e para humanos, causando nos participantes e adeptos e simpatizantes uma ideia sobrenatural, mas na verdade, é algo contagiante de si para si e em si, uma onda criada nos ambientes templários que envolve a todos, na exata proporção em que um espetáculo teatral ou um show artístico o fazem.

b) Isso porém não impede de ali se constatarem influências do mundo espiritual, dependendo exclusivamente da forma com que alguns líderes e adeptos se conduzem durante os eventos. Em tese, em todos os lugares podem haver ações sobrenaturais, mas, na maioria dos lugares, o animismo é que prevalece.

 

Mas, a maior confusão se refere ao fato de as religiões, doutrinas, sociedades secretas e seitas terem se apropriado de movimentos ocultistas legítimos, contaminando-os culturalmente e pondo nos rituais contaminados uma aura de definitivos, quando são apenas deturpações milenares que, de tão repetidos e acrescidos de novidades imaginativas, redundaram em crenças periculosas, tanto do ponto de vista da formação espiritual, quanto das tendências superticiosas e místicas incrustadas nas mentes humanas, causando, em vez de avanços e sintonias, grandes atrasos e crendices malbaratadas. 

Na Nova Era, os espiritualistas sérios necessitam trabalhar para dissipar contaminações e deturpações espirituais. Este é o trabalho pouco compreendido deste oráculo. Hoje quero falar dos Orixás da Umbanda e do Candomblé, tentando esclarecer os pontos sombrios dessa aculturação tradicionalista, inciada nas colonizações e perpetuadas na História Moderna.

Comecemos por entender que desde sempre a humanidade esteve ligada às forças da Natureza, associando-as aos deuses. Dessa forma os cinco elementos Terra, Água, Ar, Fogo e Éter foram os mais utilizados como causas fenomênicas, identificadas com os seres sobrenaturais. 

Óbvio que aqui está uma pista interessante sobre os modelos de crença retrógrados: o desconhecimento sobre os demais elementos, sobre o funcionamento da Física, da Química, da Biologia e mais recentemente da Quântica. É importante verificar isso, porque parte das crendices prevalece e essa relação com os elementos não foi desfeita, mesmo depois que os alquimistas fracassaram na tentativa de produzir ouro a partir de outros elementos.

A verdade é que os fenômenos espirituais nunca foram revistos, sobretudo, por parte dos umbandistas e dos candomblecistas. Interessa aos leitores deste oráculo a informação que,na origem mais remota, todos os elementos e toda funcionalidade da Natureza biológica e sobrenatural tinham nomenclarturas ignoradas hoje pelos movimentos ditos espiritualistas, a saber:

1) Agente sobrenatural máximo - Deus? Alá? Buda? Jesus?- Pense bem, porque todos são posteriores ao mundo pagão. São constantemente chamados de Oxalá. De uma vez só a gente pode concluir que todos os credos que subsisiram e que abrangem quase cem por cento dos adeptos são relativamente falsos.
2) Arcanjos, anjos, querubins e serafins - Seres responsáveis pela imanência das características divinas. São em algumas linhas espiritualistas alinhados às vibrações das esferas superiores do mundo sobrenatural. Na verdade, estes seres são pouco compreendidos, principalmente depois dos renascentistas que lhe deram formas humanas, quando são apenas onda.   
3) Elohin - deuses principais, direcionadores da energia sobrenatural ao mundo chamado de natural, onde estamos. Estes mais tarde foram chamados de orixás.
4) Elementais - Seres feitores das formas em todas as esferas cosmológicas. Os leigos não compreendendo essa ideia até hoje substituem essas forças por forças chamadas de caboclos, boiadeiros, baianos, dentre outras estirpes de espíritos.
5) Gnomos, salamandras, ondinas, sílfides e duendes são os seres mais ligados àqueles cinco elementos principais: Terra, Fogo, Água, Ar e Éter. Entre os esotéricos isso causa grandes confusões e misticismos.

Poderíamos parar por aqui, mas a contaminação simbiótica com os santos católicos piorou um pouco mais, primeiro, porque os santos católicos nada mais são do que espíritos em evolução, alguns ou quase todos não merecedores do título e segundo, porque um santo humano posterior não pode ser comparado a uma entidade portentosa e puríssima pré-existente.   

Assim preste bem atenção, toda vez que pensar, falar ou se ligar na energia de algum Orixá, porque talvez você esteja reverenciando agentes impróprios.     

Os dezesseis orixás e os santos católicos correspondentes:

Oxóssi - o rei da caça - São Sebastião - 

Iemanjá - Nossa Senhora dos Navegantes

Iansã - esposa de Xangô - Santa Bárbara

Xangô - São João Baptista

Ogum - São Jorge

Oxalá - Jesus

Logun Edé - Santo Expedito

Obá - Santa Joana D'arc

Exú - Santo Antonio

Nanã - Nossa Senhora de Sant'Anna

Oxumnaré - São Bartolomeu

Ibeji - São Cosme e São Damião

Ossaim - São Roque

Omulu - São Lázaro

Oxum - Aparece como uma das centenas de Nossas senhoras

Ewá - santa Luzia

Observação: 

Veja que todos estes orixás são ligados a elementos da Natureza e que sempre foram categorias diversificadas da energia, com funções específicas e sem nomes. Há também uma contagiosa relação com mitos, deuses greco-romanos, entre outros. Para ficar apenas em um exemplo: Santa Bárbara que representa Iansã derivou de Thor. 

A nomenclatura é tão arbitrária quanto os rituais. 

Evidente que tem sua validade pitoresca, sincrética e mística, mas na Nova Era, a mente humana tem o dever de ultrapassar estas limitações para alcançar uma relação direta, pessoal e sem intermediários com a essência primordial das divindades. 

Isso é difícil de ser entendido, de ser aceito e de ser praticado, mas é extremamente necessário para avançarmos naevolução individual, coletiva e planetária. 

Estamos tão atrasados espiritualmente como estivemos com relação à Ciência até o século XVIX. 

A espiritualidade moderna chama a atenção para que a humanidade ajuste a sintonia da fé com as frequências divinas, sem os ruídos e interferências do misticismo, dos totens e dogmas milenares. É uma luta que ainda não está muito clara nas mentes dos guerreiros espirituais, alguns, inclusive, resistem renitentemente a admitir que estiveram e que continuam equivocados. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ewá

Santa Luzia