Odiar, adiar e tolerar o intolerável, as ideologias do momento

Três homens maus se distraem gastando o dinheiro recolhido da população, fabricando brinquedos letais de longo alcance. Em todos os tempos, independentemente das ideologias vigentes, os governos são corruptos, violentos e trucidadores de direitos. O ódio e o adiamento de alguma governabilidade voltada para a paz e para a partilha justa dos bens planetários têm sido uma constante. 

Tolerar o intolerável é inadmissível, mas, no Brasil derrubou-se com alarde, um governo, dito corrupto e se tolera um presidente, cujo auxiliar foi pego com uma mala de dinheiro com quinhentos mil reais que era somente a primeira parcela de de diversas, durante vinte e cinco anos, repetida semanalmente. Isso ilustra o grau de incongruência política do público. Este mesmo presidente teve um dos seus auxiliares capturado por causa de 51 milhões, achados em um cafofo e tudo bem para o mesmo público que derrubou um governo, por motivos ainda não tão evidentes, que se tornaram somente depois da queda.

Isso basta para comprender que a população não entende o jogo político. Somente para terem uma ideia, em valores brutos, 51 milhões compram alguns triplexes, alguns sítios e pedalinhos, além de cobrirem possíveis despesas do Diretório do partido retirado do poder. Mais grave ainda: se o atual presidente era da mesma chapa derrubada, qual a razão do encolhimento das manifestações? Arrisco dizer que é o ódio e o adiamento de mexer para valer em tudo de ruim que a Política tem e causa. Este parágrafo é suficiente para qualquer pessoa compreender que não é uma pessoa, um partido, mas o todo político que precisa ser fiscalizado, criticado, censurado, julgado, destruído para, então, se começar tudo de outro jeito.

 

Comece sabendo que Extrema-Esquerda, Esquerda, Centro-Esquerda, Centro, Centro-Direita, Direita e Extrema-Direita, sem exceção, se notabilizam por montarem esquemas de governo com alto índice de mentiras, falseamento dos fatos, burla aos critérios humanitários e exploração da boa fé. Populações de todo o mundo se distraem com as baboseiras, em epígrafe e deixam de exigir procedimentos práticos de governanças que se aproximem de uma prática honesta do poder conquistado por essa praga, chamada Políticos.

Estados Unidos, Rússia e mais recentemente Coreia do Norte são modelos acabados de sistemas políticos que gastam imensas somas para precaver-se contra conflitos que os próprios políticos criarão: primeiro por falta de senso humanitário, segundo, por causa dos negócios que envolvem as regiões e terceiro por simples tara e perversidade diante do poder. Nenhum povo se rebela contra essa barbaridade e a opinião publica insiste em debater sobre o que eles criam e não sobre o que deveriam criar, guinando as forças políticas para algo mais digno e dignificante, durante o exercício do poder.

Os foguetes de longo alcance dos norte-coreanos são para que ninguém ouse abrir seu regime altamente corrupto e que se diz de Esquerda, o que revela ser: os termos Esquerda e Direita, as maiores babaquices de todos os tempos, exceto no período em que não se sabiam o que realmente eram, como agiam e para que serviam.

Não há razão nenhuma para se permanecer apoiando este ou aquele gueto ideológico. A revolução do momento é fazer que a opinião pública perceba e se alinhe às ideias imediatas de guinar os poderes políticos para o bem estar geral, a paz inequívoca,  a honestidade e a ética irredutíveis, com o único sentido de ambientarmos o planeta para uma vida minimamente libertária e digna e isso para todos.

Óbvio que a mídia não permite que se pense em algo diferente do que vira notícia. Como as ideias novas não vendem espaços midiáticos, as pessoas são hipnotizadas, por assuntos que repetem a lógica perversa dos políticos e de grandes empresários, dificultando o levante da população mundial contra tudo que sempre deu errado para a maioria e muito certo apenas para eles, os que detêm poderes políticos e econômicos.

No Brasil de agora, as pessoas perdem imenso tempo discutindo a vida pregressa, presente e futura de Lula, uns contra, outros a favor, também ladeando o fosso das ideias excludentes da Direita e das ideias fantasiosas da Esquerda, esquecendo-se ambos que é tudo a mesma coisa. Os grupos políticos e empresariais, de ambos os lados, querem somente a oportunidade de roubar, de mentir e de fingir que está resolvendo algo que nem de longe é alguma coisa que sirva para todos.

Os termos estão ultrapassados, as prerrogativas governamentais são mentirosas e os sistemas partidários e políticos estão manjados, por não funcionarem, porque nunca funcionou. Os serviços básicos nunca funcionaram bem em sistema algum, a não ser em países que fugiram das regras montadas pelas nomenclaturas velhas. Fala-se, por exemplo, de uma crise da Previdência, desde a década de 70. Falava-se de crise na Segurança Pública, desde que me entendo por gente. Mesmo no período militar, morria-se gratuitamente, embora a pecha de tranquilidade estivesse em todas as mídias.

A saúde pública nunca foi boa, as doenças que estão voltando agora eram verdadeiras epidemias, com baixas significativas, entre os mais pobres. A educação que tinha as exaltadas disciplinas direitistas: OSPB e Moral e Cívica eram somente reflexos de grupos conservadores, altamente comprometidos com o achatamento de direitos e com a supressão da liberdade de escolha, fosse por uma visão ditatorial, fosse por uma tendência bíblica, algo inconcebível para um Estado Democrático de Direito.

A postura direitista dos velhos e jovens de agora é maldosa, como é rabugenta a postura de jovens e velhos esquerdistas que querem dizer que a Esquerda é melhor do que a Direita, quando, na verdade, os regimes comunistas também execraram algumas liberdades individuais. É histórico que ambos acobertaram regras e exceções desastrosas, do ponto de vista humanitário. Quanto à corrupção, é universal e não adianta se iludir que será diferente, logo, logo.

Todos estão equivocados, menos os políticos. Eles sabem exatamente que não querem nada com nada, porque estão na política, por causa do dinheiro, do roubo, das negociatas. O equívoco dos eleitores é não se rebelar contra a velha política e inovar nas suas exigências. Tem-se de deixar nomes de lado e enfocar projetos políticos. Já repararam que nenhum político diz por que é politico. Quando dizem tenha a certeza, ele está blefando. Uma boa política começa quando claramente se diz o que se quer fazer quando eleito e uma vez eleito, se prova fazendo.

Ainda assim, é preciso que se visualize se o projeto apresentado é viável e se é válido para todos ou para uma ampla maioria. Para mim, um projeto que não ponha em perspectiva, a sistematização prática e eficaz de serviços básicos, universalizando o atendimento digno e dignificante, não serve. Um projeto que não amplie os direitos individuais, que não inclua os diferentes e que não respeite os diversos segmentos da sociedade, também não serve.

Enquanto usarmos o poder de voto para validar a pequeneza do mundo político, jamais seremos uma humanidade decente, porque a recíproca de sermos maus eleitores é vivenciarmos descalabros governamentais. Não sei você, mas eu estou cansado de lengalenga e de comentários mesquinhos sobre assuntos tão delicados, como a sobrevivência digna dos meus semelhantes. Por essa razão, antes de tudo estarei sempre apostos para enfileirar em grupos que defendam mudanças gerais e irrevogáveis no jeito de fazer política que vigora até agora.  É preciso que os políticos notem que eles têm de mudar, porque não engolimos mais suas trapaças ideológicas.

Chega de odiar e de adiar movimentos políticos que antevejam o bem a ser praticado. Chega de defender a repetição histórica de fazeres políticos que não contemplam o bom funcionamento de todas as engrenagens sociais. Chega de fanatismo e de bancar o ridículo. Chega!